Quando se fala em higienizar o nosso pensamento remete-nos para a palavra “limpar”. A limpeza quotidiana das nossas casas é fundamental, assim como nos ambientes comuns das empresas – escritórios, salas de reunião, casas de banho, copa, etc. Deste modo é importante distinguirmos que limpar é o ato de remover sujidade de uma superfície enquanto higienizar consiste no processo que visa garantir que não ocorrem contaminações.

O processo de higienização não é sempre o mesmo, variando tendo em conta as indústrias em questão e os locais que necessitam de ser higienizados. Embora este processo seja simples, necessita de passar por diferentes fases que garantam que os microrganismos não detetados a “olho nu” são eliminados.

Se nos focarmos na área alimentar, é fundamental que todos os equipamentos, utensílios e locais que contactam com os alimentos sejam higienizados com frequência e sempre que se justifique (por exemplo, após cada utilização, no último turno de trabalho, entre outros momentos essenciais) de modo a evitar que a saúde pública seja colocada em risco.

Assim sendo, compreende-se que a Higiene na Indústria Alimentar visa garantir a segurança do produto e dos consumidores. Relativamente ao produto, é necessário assegurar que os alimentos não perdem as suas qualidades nutricionais e sensoriais enquanto, em relação ao consumidor é essencial não comprometer a sua saúde ao serem evitadas contaminações.

Quais são as etapas do processo de higienização?

Herbert Sinner (1959) afirma que “a higienização é uma operação que consiste na aplicação de um detergente a uma certa temperatura, durante o tempo necessário para dissolver ou amolecer os resíduos de modo que uma ação mecânica possa removê-los com facilidade”.

O químico alemão compreendeu que uma limpeza profissional com máxima eficiência passa pela consideração de quatro variáveis que compõem o tão conhecido Círculo de Sinner:

• Ação química;
• Ação mecânica;
• Temperatura;
• Tempo.

Em suma, compreende-se que higienizar não é o mesmo que limpar, descontaminar, desinfetar nem esterilizar. As principais diferenças entre as abordagens analisadas no presente artigo centram-se na capacidade de eliminar os microrganismos sendo que a higienização, comparativamente à limpeza, tem uma ação mais forte o que lhe permite evitar a propagação de microrganismos nocivos à saúde.